Frida Vingren

Biografia de Frida Vingren

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Frida Strandberg Vingren (9 de junho de 1891 - 30 de setembro de 1940) foi uma missionária pentecostal, enfermeira, jornalista, musicista, compositora, poetisa, articulista e tradutora sueca. Foi casada com Gunnar Vingren, e ambos atuaram nas Assembleias de Deus no Brasil.

Nascida no norte da Suécia, de uma família de crentes luteranos, Frida formou-se em Enfermagem, chegando a ser chefe da enfermaria do hospital onde trabalhava. Tornou-se membro da Igreja Filadélfia de Estocolmo, onde foi batizada nas águas pelo pastor Lewi Pethrus em 24 de janeiro de 1917. Pouco depois, recebeu o batismo no Espírito Santo.

Após comunicar ao pastor Pethrus a chamada para o campo missionário brasileiro, Frida ingressou no Instituto Bíblico Sueco em Götabro, na província de Närke, mantido pela Associação Evangélica da Pátria. Veio para o Brasil no ano de 1917.

Em uma das visitas de Gunnar Vingren, fundador da Assembleia de Deus no Brasil, à Suécia devido ao seu debilitado estado de saúde, ele conheceu Frida Strandberg, e se tornaram amigos. Frida casou-se com o pastor Gunnar em 16 de outubro de 1917, em Belém do Pará, numa cerimônia presidida pelo missionário Samuel Nyström. O casal teve seis filhos: Ivar, Rubem, Margit, Astrid, Bertil e Gunvor.

Em março de 1920, a missionária Frida Vingren foi acometida de malária, sofrendo terríveis ataques de febre. Depois de seu restabelecimento, ela enfrentou o problema de saúde do marido. A partir do final daquele ano, Gunnar Vingren começou a sofrer de esgotamento físico, em consequência da dedicação exclusiva ao trabalho missionário e das vezes que contraiu malária. Por esse motivo, o casal decidiu passar um período na Suécia. O retorno ao Pará ocorreu em fevereiro de 1923, quando Frida contava 30 anos.

Depois de muitos anos no Pará, a família Vingren, decidiu ir para o Rio de Janeiro. Alugaram uma casa no bairro de São Cristóvão, na zona norte da cidade, onde foi inaugurada a primeira Assembleia de Deus no estado.

Paulo Leivas Macalão juntou-se a esse primeiro grupo. A missionária Frida Vingren dirigia cultos, tanto no salão quanto ao ar livre; abriu frentes de trabalho em muitos lugares, liderou a obra social da igreja, bem como grupos de oração e de visitas, além de ensinar na Escola Dominical.

Frida foi colaboradora dos jornais Boa Semente, O Som Alegre e Mensageiro da Paz, que substituiu os dois primeiros. Também escrevia e traduzia mensagens evangelísticas, doutrinárias e de exortação. Foi comentarista das Lições Bíblicas de Escola Dominical. Além de escrever, Frida Vingren se dedicava à música. Cantava, tocava órgão, violão e compôs cerca de 23 hinos da Harpa Cristã.

O ministério de Frida, no entanto, desagradava a pastores suecos e brasileiros. A primeira reunião que gerou a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, em 1930, que restringiu o que mulheres podiam ou não fazer dentro do movimento.

Depois de quinze anos dedicados no Brasil, a família Vingren decidiu retornar à Suécia em setembro de 1932. Dias antes da partida, a filha Gunvor morreu de uma infecção na laringe. No país natal, após a morte de Gunnar, Frida é impedida de voltar ao Brasil.

Apesar das perseguições que enfrentou em vida, atualmente a denominação a que dedicou a vida reconhece "a liderança desta mulher pioneira e sua atuação foi de suma importância para a consolidação da Assembleia de Deus no Brasil". A Casa Publicadora das Assembleias de Deus lançou uma biografia sua, reconhecendo-a como "uma mulher cristã à frente do seu tempo".

Diversas trabalhos científicos também têm pesquisado sua trajetória, tanto no Brasil quanto na Suécia.

Em 1935, Frida foi internada contra sua vontade em um hospital psiquiátrico de Estocolmo, onde perdeu quase 40 quilos. A ex-missionária morreu em 30 de setembro de 1940. 

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