Emílio Conde (São Paulo, SP, 8 de outubro de 1901 — Rio de Janeiro, RJ, 05 de janeiro de 1971) foi um jornalista, escritor, historiador, compositor e músico brasileiro, membro das Assembleias de Deus no Brasil e reconhecido como "o apóstolo da imprensa pentecostal brasileira".
Vida Pessoal
Seus pais,
João Baptista Conde e Maria do Rosário Fernandes eram de origem italiana. Na capital
paulista, Emílio conheceu a Congregação Cristã no Brasil, fundada
por italianos, e converteu-se em 21 de abril de 1919, sendo em
seguida batizado
com o Espírito Santo. Em 1923, conheceu Gunnar Vingren, quando
este pregou na Congregação Cristã. Quando Emílio mudou-se para o Rio de
Janeiro, passou a frequentar a Assembleia de Deus em São Cristóvão, pastoreada
na época pelo missionário Samuel Nyström, tornando-se membro logo em seguida.
Trabalho
Reconhecido
pelo seu profundo conhecimento autodidata, Conde foi convidado pelo missionário
Nils Kastberg, em 1937, quando
trabalhava como intérprete em um restaurante do Rio de Janeiro, para
ajudar na nascente imprensa da Assembleia de Deus, como
redator do jornal Mensageiro da Paz. Desse momento em diante
tornou-se colaborador do missionário Kastberg, até ser admitido oficialmente
como funcionário da CPAD em 15 de março de 1940.
Em um
momento de carência de escritores, Conde escreveu a maioria dos artigos, das
notícias e das reportagens usadas no Mensageiro da Paz e nas
revistas, e ainda nos livros da CPAD. Estudando
sobre o Movimento Pentecostal no Brasil e
no mundo, escreveu
os livros: O Testemunho dos Séculos e História
das Assembleias de Deus no Brasil (posteriormente ampliado pela
editora).
Escreveu
também os seguintes livros: Asas do Ideal, O Homem, Pentecostes para
Todos, Igrejas sem Brilho, Nos Domínios da Fé, Caminhos do Mundo Antigo, Flores
do Meu Jardim, Tesouros de Conhecimentos Bíblicos, e Estudos
da Palavra.
De 1946 a 1958 representou
oficialmente as Assembleias de Deus no Brasil nas Conferências Mundiais Pentecostais em Estocolmo, Londres e Toronto. Durante
muitos anos, também representou a denominação na Diretoria e em Comissões
da Sociedade Bíblica do Brasil.
Compôs 8
hinos da Harpa
Cristã, e traduziu outros 14. Fez parte do Coral da
Assembleia de Deus em São Cristóvão, tendo sido também organista e
acordeonista.
Considerando
o trabalho prestado por Conde à Assembleia de Deus no Brasil, em uma ocasião um
grupo de pastores ofereceu-lhe a ordenação, mas ele recusou definitivamente.
Mesmo não sendo pastor, foi eleito secretário das Convenções da Convenção Geral das Assembleias
de Deus no Brasil em 1932 e 1933, e participou ativamente de
debates e comissões em várias convenções das décadas de 1930 a 1950. Na
Convenção Geral de 1968, por motivo de doença, Emílio Conde renunciou ao cargo
de diretor do Mensageiro da Paz.
Morte
No início
de 1971, doente e
com complicações pós-operatórias, foi internado no Hospital Evangélico, na
Tijuca. Faleceu às 13:00 horas do dia 5 de janeiro de 1971. Foi velado
no Templo da Assembleia de Deus em São Cristóvão. Seu falecimento foi noticiado
pela Rádio
Nacional, a Tupi e a Globo. O Vice-Governador do Rio de
Janeiro, Erasmo Martins Pedro,
representantes de instituições batistas e diversos pastores discursaram. Foi
sepultado na manhã seguinte, no cemitério do Caju.
Em 2001, a Casa Publicadora das
Assembleias de Deus fundou a Casa de Letras Emílio Conde.
Fonte:
Wikipédia